Fundamentos da Radiologia Odontológica.
Ao final do século passado, mais precisamente numa sexta-feira, 08 de Novembro de 1895, Professor Wilhelm Conrad Röntgen, no laboratório do Instituto de Física da Universidade de Würzburg na Baviária, na Alemanha, descobriu os raios x. Observando a fluorescência emanada de uma placa de papelão recoberta com platinocianeto de bário, na sala escura, este professor, aos cinquenta anos de idade, investigador brilhante e bem perfeccionista, fez uma das mais importantes descobertas científicas da humanidade. Com sua descoberta, Röntgen verificou que os raios X poderiam sensibilizar uma placa fotográfica. (Alvares, 2009).
Assim, realizou diversos experimentos explorando as diferentes capacidades dos materiais de serem atravessados pelos raios. Ao obter essas radiografias, Röntgen foi pioneiro nas três principais áreas nas quais as imagens radiográficas seriam largamente utilizadas. Inicialmente, uma fotografia radiográfica de sua caixa de madeira fechada, contendo pesos, mostrou nitidamente seu conteúdo, antecipando assim o sistema de funcionamento da aparelhagem de segurança de todos os aeroportos. (Alvares, 2009).
No campo da Odontologia, o primeiro profissional que se dedicou à utilização dos Raios X, como elemento indispensável no exame clínico, foi Edmund Kells (USA). Edmund Kells é considerado o mártir da Radiologia Odontológica, pois em virtude de ter realizado inúmeras pesquisas clínicas, com a aplicação dos Raios-X, foi vítima dos efeitos biológicos dos Raios-X. Sofreu inúmeras queimaduras e teve amputadas várias falanges, dedos e a mão, fatos que o levaram ao suicídio. (Alvares, 2009).
Física das Radiações: Tudo o que existe na natureza é feito de átomos , que, sendo talvez os entes mais sociáveis do Universo, ocorrem sempre em combinação com um outro átomo ou com um grupo de átomos. Tais combinações, chamam-se moléculas. (Aguinaldo de Freitas, 2004).
Hoje, com os trabalhos de Rutherford e Böhr, sabe-se que o átomo é constituído de um núcleo central positivamente carregado em torno do qual gravitam os elétrons que possuem carga elétrica negativa. (Panella, 2006).
O exame radiográfico assumiu tal importância na Odontologia, que muitas vezes outros exames, também importantes, são negligenciados. Ele nos dá informações que, antes de seu aparecimento, só poderiam ser procuradas ou obtidas, através da cirurgia ou da autópsia. (Panella, 2006).
O propósito do exame radiográfico intra-oralperiapical, é obter uma vista dos ápices das raízes dos dentes e das estruturas que o rodeiam. Duas técnicas básicas podem ser empregadas para este tipo de exame: a técnica da bissetriz e a do paralelismo. (Agnaldo de Freitas, Edu Rosa, Icleo Faria e Souza-2004).
Radiografias oclusais em Odontopediatria: Em crianças, as radiografias oclusais poderão ser tomadas utilizando-se as mesmas técnicas que já foram descritas para os adultos. Entretanto, para os incisivos superiores e inferiores de crianças até 6anos,podemos lançar mão de um recurso proposto por Alvares, que permite a tomada radiográfica destas regiões em um único filme, sem que seja necessário retirar o filme da boca entre as exposições, e nem mesmo modificar a posição da cabeça do paciente para se conseguir boas radiografias. (Luiz Casati Alvares e Orivaldo Tavano-2009)
Características dos aparelhos odontológicos: os aparelhos utilizados para tomadas radiográficas em Odontologia são dotados de uma ampola (Coolidge) de vidro pirex plumbífero na qual existe uma saída ou janela por onde atravessam os fótons de raios X. Os fótons de maior comprimento de onda são previamente filtrados por um anteparo de alumínio e direcionados ou colimados por meio de dispositivos internos de chumbo (colimadores ou diafragmas).(Panella, 2006).
O ensino em radiologia e radiodiagnóstico vem sofrendo alterações significativas nos últimos anos, em virtude do desenvolvimento permanente do método e também pelo crescimento acentuado das suas aplicações. (Revista Radiologia Brasileira-volume 41).
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