O tratamento de canal é feito em várias etapas, realizadas em várias visitas ao consultório, dependendo do caso. São elas:
- Primeiramente, é feita uma abertura na da parte posterior de um dente frontal ou na coroa de um dente posterior, molar ou pré-molar.
- Em seguida a polpa infeccionada é removida (pulpectomia), o espaço pulpar e os canais são esvaziados, alargados e limados, em preparação para o seu preenchimento.
- Se mais de uma visita for necessária, uma restauração temporária é colocada na abertura da coroa, a fim de proteger o dente no intervalo das visitas.
- A restauração temporária é removida e a cavidade da polpa e canal são preenchidos permanentemente. Um material em forma de cone (flexível) é inserido em cada um dos canais e geralmente selado em posição com um cimento apropriado. Algumas vezes um pino de plástico ou metal é colocado no canal para se conseguir maior resistência.
- Na etapa final, uma coroa é geralmente colocada sobre o dente para restaurar seu formato e lhe conferir uma aparência natural. Se o dente estiver fraturado ou muito destruído pode ser necessário colocar um pino cimentado no canal antes da confecção da coroa.
Karoline, a postagem ficou comprometida, porque tem uma tarja azul cobrindo o texto. Para ler é preciso selecionar o texto.
ResponderExcluirVocê deveria reeditar este texto.
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Bem, o texto explica de forma simplificada como é um tratamento de canal. Esta é justamente a minha área de atuação, especialmente em termos de pesquisa.
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O dente possui em seu interior um tecido mole, a polpa.
Quando ocorre cárie dentária, há inflamação deste tecido, e as alterações podem chegar a um ponto irreversível e o tecido morrer (necrosar).
Se ocorrer necrose, existe uma ferida dentro do dente. Pode haver reparo do tecido por ação das próprias células do organismo.
Porém, dependendo da área de necrose, o corpo pode não conseguir reparar (cicatrizar) o tecido, e a pessoa fica com uma ferida permanenemente dentro do dente (na polpa).
Esta ferida está infectada e precisa ser tratada, pois a própria presença de tecido necrosado estimula mais inflamação causando destruição do tecido ósseo ao redor do dente (osso alveolar) além de deixar o paciente doente apresentando sintomatologia (dor, por exemplo).
O tratamento de canal é um tratamento de ferida.
Mas a ferida está dentro do dente, o que torna difícil o tratamento.
As técnicas atuais utilizam limas endodônticas (ativadas manualmente ou por uma máquina).
As limas são como pequenos parafusos, com lâminas cortantes que ao serem introduzidas no interior do dente, cortam o tecido necrosado facilitando sua remoção.
Durante este corte, cortam também a parede de dentina que circunda a polpa e assim aumentam o diâmetro do canal (deixando-o mais largo). Isto facilita a limpeza e o tratamento.
Ao mesmo tempo que limamos os canais, usamos uma solução química que ajuda a matar as bactérias e remover o tecido necrosado - água sanitária (NaClO).
Depois que o dente está com os canais radiculares limpos e formatados, pode-se preenchê-los com um cone que fica colado na polpa com ajuda de cimento.
Pronto, o dente já limpo e obturado, pode ser restaurado a sua estética e função, realizando uma restauração de resina ou amálgama (por exemplo).
Eu desenvolvi uma técnica de tratamento totalmente inovadora, que não usa instrumentos dentro dos canais e torna o tratamento muito mais fácil.
Foi o meu trabalho de doutorado.